Sunday, June 28, 2009

Au!

Cansado, o Tolo senta no molhado das pedras.
Não lhe faz frio nem calor. Faz não com a cabeça.
Diacho de caminho, ele pensa.
_ O que foi que eu fiz?
Ele solta.
_ Não importa.
É o sussurro da Sacerdotisa quem diz.

Estava logo à sua frente. Surgira. Era a mulher mais linda de todas as mulheres que o Tolo jamais vira.
_ Que linda éres!
Não tinha como não dizer. E quando ela lhe sorri.
_ Que linda éres!
O Tolo se repete e ri.

Estava já há muito molhado da chuva, salgado de humor, se sentindo um tolo. E de repente tanta honra? A si perguntou.
Ela lhe sorriu mais ainda.
_ Estava com saudades.
O pobre não acreditou.

Se sentindo o Tolo diria alguma coisa importante, faria um truque que no reencontro com o Mágico aprendeu. Era um truque de baralhos ela acharia graça mas agora ele esqueceu.
_ Que linda éres!
E o que mais importava?

Iria também tocá-la mas não dava.

Acontece que entre eles havia um véu. Da espessura de uma dimensão, denso como uma nuvem de fantasmas.
_ O que é isso?
O Tolo nada entendia.
_ Não importa.
Ainda.

Ela lhe sorria.

fonte da imagem, uau

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